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Taxa de inadimplência em diversos segmentos no primeiro trimestre de 2024

Descubra como anda a taxa de inadimplência e quais são as melhores estratégias para realizar cobranças extrajudiciais.


O que é inadimplência?

Quando falamos de inadimplência, estamos falando daquele momento em que a pessoa não consegue pagar as contas na hora certa. Isso pode acontecer por vários motivos, como: apertos financeiros, desorganização ou até mesmo porque gastou mais do que devia. Entender essa questão é super importante para as empresas, porque elas precisam saber quem está devendo e como recuperar o dinheiro sem ter que realizar uma cobrança judicial. Lembrando que estar inadimplente não necessariamente é a mesma coisa que ter o nome sujo.

Então, imagina que sua fatura do cartão de crédito venceu e você acabou não pagando. Isso já é considerado inadimplência. Não importa se é um banco ou uma loja, se você não pagou na data certa, pronto, já tá nessa situação.

Como é o cenário do Brasil com os inadimplentes

O cenário do Brasil em relação aos inadimplentes é preocupante. De acordo com dados do Serasa Experian, o país possui milhões de pessoas e empresas com dívidas em atraso, o que representa uma alta taxa de inadimplência.

A gerente do Serasa, Aline Maciel destaca que há diversas causas que podem levar um consumidor ou uma marca à inadimplência, mas também analisa como o cenário econômico do país impacta a população atualmente.

“Quando analisamos a situação econômica atual, podemos considerar fatores importantes para o endividamento, como a inflação, o desemprego, a falta de educação financeira e a ausência de planejamento financeiro nas famílias”, ressalta Aline Maciel.

Segundo o levantamento realizado em abril pela CNDL e pelo SPC Brasil em parceria com a Offerwise Pesquisas, algumas das principais causas da inadimplência no Brasil são a diminuição da renda, imprevistos como problemas de saúde, perda do emprego, alta dos preços e falta de controle financeiro.

O estudo revela que uma parcela significativa dos entrevistados admitiu ter realizado compras sem considerar a capacidade de pagamento, evidenciando a falta de conscientização na gestão financeira. José César da Costa, presidente da CNDL, destaca que, apesar do impacto do cenário econômico na vida financeira dos brasileiros, parte da inadimplência é resultado da falta de controle financeiro e dos impulsos de compra, que desequilibram o orçamento.

Mas afinal, quais os estados brasileiros que mais faltam com a disciplina na questão de dívidas? Segundo dados do Serasa de janeiro de 2024 os estados com mais inadimplentes são Rio de Janeiro, seguido por Mato Grosso, Distrito Federal, Amapá, Amazonas e Roraima.

Fonte: Serasa | Janeiro 2024

São realmente muitos inadimplentes pelo Brasil, sendo quase a metade da população inteira nessa situação, mas por onde andam essas dívidas? Onde a população brasileira tem que negociar para ter seu nome bem visto na praça? 

Vejamos o gráfico a seguir: 

As principais dívidas estão nos bancos, em consequência dos cartões de crédito, seguindo das contas básicas como água, luz e gá, no setor financeiro; e por fim no varejo com 10,95% em dívidas os brasileiros com idades entre 41 e 60 anos, representando a maior fatia da população com nome restrito nesses segmentos, com 35,0%. Na sequência, estão as faixas etárias de 26 a 40 anos (34,2%), acima de 60 anos (18,8%) e os jovens entre 18 e 25 anos (12,0%). Isso com base nos dados do primeiro trimestre de 2024, segundo o Serasa. 

O que mais pode preocupar as pessoas que estão nesse cenário são os riscos das consequências que podem surgir, e a principal delas é a negativação do nome. E mesmo que surja o pensamento de que foi pago mesmo que em atraso, ainda sim esse atraso pode ser ainda mais sério: 

“Ter o nome negativado significa que uma dívida não foi paga e o credor solicitou a inclusão do nome e do CPF nos birôs de crédito, como a Serasa. Essa é uma consequência aos consumidores que não cumprem com o pagamento de suas dívidas ou quando há o atraso de contas, como: água, aluguel, internet, telefone, cartão de crédito, financiamento, entre outras”. ALINE MACIEL, GERENTE DA SERASA.

Algumas das consequências desse ato falho está na decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre inadimplentes e a possibilidade da apreensão de documentos. Em fevereiro de 2023, o STF determinou que o inadimplente pode perder a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e o passaporte. Em segundo ponto na Agência Senado, também é proibida a participação dessas pessoas que estão em inadimplência em concursos públicos e licitações. No entanto, pela decisão, as dívidas alimentares estão livres da apreensão dos documentos mencionados, além de débitos de motoristas profissionais.

A gerente do Serasa Maciel, aponta que estar inadimplente traz consequências importantes para saúde financeira do consumidor, como: 

Restrição ao crédito: dificuldade em obter empréstimos, financiamentos, solicitar cartões de crédito, entre outros serviços financeiros.

Impacto na pontuação de crédito: a dificuldade em honrar compromissos financeiros pode levar a uma queda na pontuação de crédito, afetando a capacidade de acesso a crédito futuro. O Serasa Score é afetado, influenciando a percepção do mercado sobre a capacidade de pagamento do consumidor.

Perda de oportunidades de negócios para autônomos: clientes em potencial podem verificar a situação financeira do autônomo por meio da consulta ao CPF. Isso pode afetar negativamente a decisão do cliente em fechar negócio.

Restrições em concursos públicos: como mencionado anteriormente, em alguns casos a inadimplência pode impedir a aprovação em concursos públicos, especialmente em instituições financeiras. Mesmo que alguns concursados consigam na justiça o direito ao cargo, esse processo pode ser desgastante e demorado.

3 segmentos que são mais inadimplentes

Comércio 

Segundo CNDL, os segmentos que mais carregam inadimplentes são: 

O comércio aparece com (11,26%), já o setor de Água e Luz com 10,91% e Serviços com 7,19% do total de dívidas. Em termos de comparação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 64,46% do total. Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da região Sudeste (7,40%), seguida pelo Nordeste (5,68%), Centro‐Oeste (5,31%), Sul (2,93%) e Norte (2,67%).

Já pelo lado das empresas os números não favoráveis, segundo o Serasa: 

Em janeiro de 2024, foram registrados 6,7 milhões de CNPJs no vermelho no Brasil, conforme dados do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian. As dívidas negativadas das companhias somaram R$127,8 bilhões e o ticket médio de cada débito foi estimado em R$2.705,2. Em média, cada negócio inadimplente possuía 7,1 contas atrasadas. A seguir, confira os dados integrados últimos 12 meses:

Em março de 2024, as dívidas por inadimplência no Brasil cresceram cerca de 4,91% em relação ao mesmo período de 2023. O dado observado em março deste ano ficou abaixo da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de fevereiro para março, o número de dívidas apresentou alta de 0,47%. Os dados ainda mostram que cerca de três em cada dez consumidores (30,92%) têm dívidas de até R$500, percentual que chega a 44,94% quando se fala de dívidas de até R$1.000.

Esse aumento das dívidas por atraso tem um motivo plausível como esclarece o presidente do SPC Brasil

“Todo o contexto macroeconômico do país é relativamente positivo, mas isso demora a ser sentido no bolso do consumidor. Além disso, o início do ano é sempre um momento de gastos extras, o que dificulta ainda mais para as famílias conseguirem separar um valor para pagar as contas atrasadas. Tudo aponta para uma tendência de melhora no cenário de inadimplência, o que deve acontecer de forma lenta e inconstante, com algumas altas no caminho”, aponta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.

Serviços

No início de 2024, o setor de serviços no Brasil enfrentou um declínio de 0,9% entre janeiro e fevereiro, como indicado pela Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado surpreendeu analistas, representando uma reversão após meses de crescimento. Luiz Almeida, analista da pesquisa, destacou a interrupção nos avanços anteriores, especialmente na atividade de profissionais, administrativos e complementares.

Nesse período, houve quedas nos setores de informação e comunicação (-1,5%), transportes (-0,9%) e outros serviços (-1,0%), enquanto apenas os serviços prestados às famílias apresentaram variação positiva, de 0,4%. Apesar da queda em fevereiro, o volume de serviços permaneceu 11,6% acima do nível pré-pandemia.

No primeiro bimestre de 2024, o volume de serviços cresceu 3,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, com fevereiro de 2024 registrando um aumento de 2,5% em relação a fevereiro de 2023. O crescimento acumulado nos últimos 12 meses foi de 2,2%.

Em março de 2024, o setor de serviços apresentou um crescimento de 0,4% em relação a fevereiro, superando as expectativas iniciais de uma queda de 0,15%. No entanto, a análise anual mostrou preocupações, com o volume de serviços registrando uma queda de 2,3% em relação a março de 2023, abaixo das previsões dos analistas.

O crescimento observado em março foi impulsionado pelos segmentos de informação e comunicação e serviços profissionais, administrativos e complementares, que compensaram as perdas de fevereiro. Por outro lado, os setores de transportes e serviços prestados às famílias tiveram desempenhos modestos.

No acumulado do primeiro trimestre de 2024, o setor de serviços apresentou uma expansão de 1,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, sinalizando uma recuperação gradual. O setor de informação e comunicação destacou-se com um avanço consistente, enquanto os serviços prestados às famílias mostraram uma queda, indicando desafios contínuos.

Apesar dos sinais de recuperação, o setor de serviços enfrenta obstáculos que podem influenciar sua total recuperação, incluindo o ambiente econômico global e as condições de mercado internas. As análises futuras devem se concentrar no desempenho dos setores menos resilientes e nas medidas que podem fortalecer esses segmentos. A perspectiva é cautelosamente otimista, com a expectativa de que o próximo trimestre traga novos dados e insights sobre a trajetória de crescimento no Brasil.

Financiamentos e empréstimos – Bancos

O mês de março trouxe um aumento no número de inadimplentes no país, atingindo 67,18 milhões de brasileiros, conforme indicado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Divulgado recentemente, o indicador revelou um crescimento de 0,89%  de devedores aos Bancos na passagem de fevereiro para março.

Apesar da implementação do programa de renegociação de dívidas Desenrola Brasil, quatro em cada dez brasileiros adultos (40,89%) estavam negativados no mês passado, representando um aumento de 2,67% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

O crescimento anual do indicador foi impulsionado principalmente pelo aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 1 a 3 anos. Em média, cada consumidor negativado devia R$4.397,99 na soma de todas as dívidas, com débito médio de 2,10 empresas credoras por inadimplente. Considerando o perfil dos devedores, a maior parte está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,59%), totalizando 16,57 milhões de pessoas, ou quase metade dos brasileiros nessa faixa etária. A participação dos devedores por sexo é equilibrada, com 51,12% mulheres e 48,88% homens.

No que diz respeito ao setor credor, as dívidas com água e luz apresentaram o maior crescimento, com 10,85%, seguidas pelos bancos (5,51%). Por outro lado, as dívidas com o setor de comunicação (8,78%) e comércio (2,13%) tiveram queda no total de dívidas em atraso.

Em termos de participação, os bancos concentram a maior parte das dívidas, representando 64,40% do total. Em seguida, aparecem água e luz (11,45%), comércio (10,77%) e outros setores (7,26%).

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